O PMDB decidiu o seu destino político. O encontro
do partido em Brasilia gerou grande expectativa se ele ia ou não desembarcar
do governo Dilma. O partido decidiu que sim,mas em se tratando de PMDB resta saber se o
partido vem de corpo e alma para fora do governo ou ainda se manterá de alguma
forma por lá, já que ele ocupa mais de 500 cargos na esfera federal e isso não
é pouco espaço.
Há um
certo grau de nervosismo em todo o país e especialmente no governo federal
sobre essa saída do PMDB, mas como analisam alguns especialistas, o governo
pode recompor essas perdas em Ministérios agregando ou relocando estes
espaços significativos para outros partidos da base ou até mesmo mantendo em
cargos importantes discidentes do PMDB que queiram ainda continuar apostando no
governo Dilma e são declaradamente contrários ao impeachment da forma com que
está sendo conduzido, por entenderem que as chamadas pedaladas fiscais não são
fundamentos essenciais para se afastar uma Presidente da República.
Pelo
menos 3 ministros já se posicionaram em não se afastarem dos ministérios
Marcelo Castro (Saúde), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Kátia Abreu (Agricultura).
Kátia abreu inclusive cogita trocar o PMDB pelo PSD, que no Tocantins é
presidido pelo seu filho, deputado federal Irajá Abreu.
Ao
desembarcar do governo, o PMDB deixa um enorme espaço político e coloca no
escuro a alternativa de ser governo se Dilma sair , repito , se Dilma sair,
pois a presidenta já disse anteriormente que não cogita em hipótese alguma
renunciar seu mandato e lutará como uma guerreira para manter-se no governo e
continuar legitimando a vontade popular de 2014 que a elegeu com mais de 54
milhões de votos.
Realmente
as próximas horas e os dias vindouros demonstrarão mais claramente quais as
vantagens e desvantagens de cada lado dessa batalha e as estratégias de cada
um. Contudo, esse impasse está travando o país e faz-se urgentemente necessário
resolverem logo essa questão pelo bem de todos e da nação.
Augusto
Renato (Professor e Historiador)
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