domingo, 17 de fevereiro de 2013

A "NOVA CARA" DA CÂMARA EM BELÉM !


Anderson Castro* e Diego Silva**

Em 2012, como praxe, vereadores de diversas capitais brasileiras tiveram seus salários aumentados, em Belém PA não foi diferente. Saibam que, antes do aumento ser aprovado na câmara municipal, cada vereador recebia o salário de R$ 9.831,83 somados a 800.000 minutos disponíveis em uma linha de telefone celular, com custo de R$ 0,21 por minuto. Na época o prefeito era Duciomar Costa (PTB) que apoiou Zenaldo Coutinho (PSDB) no segundo turno das eleições municipais em 2012.

Para além, cada gabinete têm direito a: a) R$ 15.000,00 para salários da assessoria, b) R$ 350,00 para pagamento de telefone fixo e c) R$ 13.000,00 em auxílio alimentação (suspensos até o final de fevereiro após denúncias da bancada psolista que alega ilegalidade no recebimento dos tíquetes). Com aumento de 52%, aprovado em plenário pelos próprios vereadores ano passado, o montante relativo ao salário dos mesmos foi para cerca de R$ 14.000,00. Valor que passou a vigorar desde o início desse ano, 2013 [1].

Aumento do preço da cesta básica, prejuízo no bolso do trabalhador!

Segundo matéria do jornal O Liberal de 07/ 02/ 2013, baseado em pesquisa feita pelo DIEESE-PA:

“A cesta básica paraense fechou janeiro com aumento de 3,29% em relação ao mês anterior, quando já tinha acumulado 12% de reajustes de janeiro a dezembro de 2012, chegando a custar R$ 280,51. O acumulado dos últimos 12 meses aponta um aumento de 12,76%. Com os acréscimos, os 12 itens que compõem a cesta estão consumindo 45% do salário mínimo em vigor (…) Para uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) o custo total da alimentação seria de, pelo menos, R$ 841, o equivalente a 1,24 salário mínimos.” [2]

Como se não bastasse a farra salarial já em vigor na câmara municipal, o povo sente no bolso o aumento sistemático no valor da cesta básica. Como podemos perceber, feijão, arroz, farinha, carne bovina, tomate, leite e os outros seis itens, da referida cesta básica, ficam cada vez mais escassos na mesa do trabalhador que tem que gastar o seu salário com alimentação, transporte e vestimenta.

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